Autismo

Professora Renata Denise de Andrade, 4° ano C. Escola Municipal Professor Eurides Teixeira de Oliveira.

O desenvolvimento de nosso trabalho teve início com uma roda de conversa, na qual as crianças tiveram a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos e percepções sobre a temática proposta. Esse momento inicial permitiu a troca de ideias e a valorização das vivências e saberes prévios dos alunos, promovendo um ambiente participativo e colaborativo.

Na sequência, foi exibido um vídeo da psicóloga Juleine Anton, cuja abordagem despertou grande atenção de todos os presentes. A fala da psicóloga, especialmente no que diz respeito ao autismo, foi cuidadosamente ouvida e assimilada pelos alunos, o que contribuiu para enriquecer as discussões subsequentes.

Após a exibição do vídeo, realizamos um debate estruturado, durante o qual os estudantes puderam destacar os pontos mais relevantes abordados pela psicóloga. Houve ênfase especial em aspectos relacionados ao autismo, como a importância da inclusão e da compreensão das particularidades de cada indivíduo. Durante o debate, algumas crianças trouxeram exemplos concretos de situações vivenciadas em seu cotidiano, mencionando, inclusive, os dois alunos com autismo que fazem parte de nossa turma. Esse momento revelou uma demonstração espontânea de empatia e amizade, evidenciando o aprendizado e a sensibilidade dos alunos em lidar com a diversidade e promover a convivência harmônica no ambiente escolar.

No decorrer do trabalho, realizamos atividades concretas e significativas, como a produção de textos pelos alunos sobre a temática "Como eu vejo o autista no meu mundo". Essa proposta proporcionou aos estudantes a oportunidade de expressarem suas percepções e reflexões de forma escrita, incentivando a introspecção e o desenvolvimento da empatia. Além disso, promovemos a elaboração de cartazes coletivos, que incluíram detalhes sobre cada indivíduo, como seus nomes, gostos e preferências pessoais. Esse exercício destacou não apenas as particularidades de cada um, mas também reforçou a ideia de que, apesar das muitas diferenças, todos somos iguais em essência, com nossas singularidades compondo um mosaico que enriquece a convivência.

Essa experiência revelou-se também como uma valiosa oportunidade para que as crianças verbalizassem e externalizassem seus sentimentos em relação à convivência com colegas autistas. Muitas vezes, concentramos nossos esforços e preocupações no aluno atípico, buscando estratégias para sua inclusão e adaptação ao ambiente escolar, mas nos esquecemos de que essa convivência pode ser igualmente desafiadora para os demais colegas. É necessário reconhecer que para as crianças que convivem diretamente com o autista, é exigida uma dose extra de acolhimento, compreensão e empatia. Por meio dessas atividades, pudemos oferecer um espaço seguro para que os alunos compartilhassem suas vivências e percepções, promovendo um ambiente de diálogo e valorização da diversidade, essencial para a construção de relações mais inclusivas e solidárias.







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